alguns dias já se passaram e sigo sem noticias suas.
talvez nunca as tenha.
você se foi e não há nada que eu possa fazer.
eu me entreguei, me abri e ainda não compreendo o que aconteceu;
porque sei que você fez o mesmo.
mas entendo...
você não se importa (e não tem porque se importar);
você não me deve nada.
escrevo na tentativa de tirar-te de mim;
buscando as palavras ideais para representar o que sinto neste momento.
teu egoísmo me feriu;
mas isso não lhe importa.
teu distanciamento não me faz sentido;
mas vejo que para ti, talvez não houvesse um motivo para ficar.
por fim, apenas sei que o sofrimento é causado por nós mesmos e que este perdura enquanto permitimos.
me entrego à dor;
me entrego à paixão;
me entrego.
me permito sentir e outra vez escrevo, tentando sobreviver.
respiro entre versos e me encontro na falta de rimas.
me abro, uma vez mais;
me desnudo aqui, diante de todos;
e apresento-lhes minhas falhas, medos e inseguranças.
imperfeição.